quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

SÃO PAULO - O GRANDE AMIGO DE DEUS

São Paulo exerceu mais influência no mundo ocidental e na cristandade do que a maioria de nós conhecemos, pois o judeu-cristianismo, que ele diligentemente espalhou pelo mundo, é o alicerce da jurisprudência, moral e filosofia modernas do Ocidente, e que, graças a seu vigor espiritual e mental, esforço e justiça, praticamente nos últimos 2.000 anos criou na verdade uma sociedade e fomentou a causa da liberdade. Como todos sabemos, foi Moisés quem bradou:"Proclamai a liberdade por todo o país, aos habitantes dali!" Foi a primeira na história humana que tal proclamação foi pronunciada e Paulo proclamou-a de novo e veementemente. A liberdade da mente, da alma e do corpo, um novo conceito entre os homens. Não é de admirar, pois, que os inimigos da liberdade ataquem primeiro a religião, que liberou a humanidade.

Pode alegrar a muitos - e deprimir outros - dar-se conta de que o homem nunca muda realmente e que os problemas do mundo de Paulo são os mesmíssimos com que defrontamos hoje. Alegrar por ter o homem um meio destemido de sobreviver a seus governos e seus tiranos, sobrepujando-os, e deprimir pelo fato dele nunca aprender através da própria experiência. Como disse Aristóteles muito antes de Cristo, um povo que não aprende com a história está fadado a repeti-la. É óbvio que a estamos repetindo hoje em dia.

Prefácio do livro "O grande amigo de Deus", Taylor Caldwell

"Estando ele em viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:"Saul, Saul, por que me persegues?" Ele perguntou: "Quem és, Senhor?" e a resposta: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade, e te dirão o que deves fazer". Os homens que com ele viajavam detiveram-se, emudecidos de espanto, ouvindo a voz mas não vendo ninguém. Saulo ergueu-se do chão. Mas embora tivesse olhos abertos, não via nada. Conduzindo-o, então, pela mão, fizeram-no entrar em Damasco. Esteve três dias sem ver, e nada comeu nem bebeu." (Atos 9, 1-9)

Esta passagem  mostra o início da conversão de São Paulo tão esclarecedora para compreendermos a dedicação e veemência deste apóstolo que a muitos levou o evangelho. O próprio Cristo, que já havia morrido e ressuscitado, apresenta-se e alcança o coração do antigo perseguidor. Percebamos como São Paulo nada questionou ao saber que o Senhor é quem o chamava e como caía e se transformava por terra ali todas as verdades  que este trazia do judaísmo. Assim Saulo se transforma em Paulo ao terceiro dia, ficando em jejum neste período.

Mais importante ainda são os versículos seguintes em que Cristo diz a importância de Paulo a Ananias "este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos israelitas." O quanto este apóstolo era amado, portanto seria provado na dor e sofrimento, o amor a Cristo "Eu mesmo lhe mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome."

E Paulo aceitou em sua incansável missão anunciar o Evangelho, não desistindo mesmo diante de tantas adversidades, conforme ele mesmo nos relata em 2Cor 11; 23-27 : "São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais, em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez."

Lutou contra os falsos missionários que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. No entanto a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado.

Então, vale a pena no dia de hoje reler a história deste apóstolo destemido e nos inspirarmos em suas palavras e ações, solicitando ao Espírito Santo o mesmo discernimento, temor e amor a Deus.

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