terça-feira, 28 de agosto de 2012

ARIDEZ ESPIRITUAL


Todos que trilham o caminho para Deus, passam momentos de deserto. Se você não passou ainda, fique calmo, irá passar. E o que é este deserto? Esta aridez? É quando o espírito não sente que a oração está fruindo como deveria, como se não fosse chegar a Deus com o mínimo de dignidade necessária. 

Quando as distrações atrapalham a contemplação ou quando contemplar se torna insuficiente, é porque a alma anseia mais, busca o Amado; porém não  encontra o poço para pedir ao divino Mestre "dai-me de beber".

Mas esta secura acomete a todas as pessoas que tiveram a experiência de Deus, porque indica que está acontecendo um amadurecimento espiritual. Deus quer nos provar, quer ver o quanto confiamos em seu amor infinito, o quanto buscaremos por sua presença.

No livro de Clarence J. Enzler, "Cristo minha vida", similar narrativa do "Imitação de Cristo", tem uma passagem consoladora e revigorante, que diz assim: 

"Nestas ocasiões, quando parece que nada tens para me dar a não ser tua vontade
árida, e quando a ofereces com toda a generosidade, ainda que  com sofrimento, 
então és imensamente amado por mim." (p. 134) 


Interessante é perceber que em tais momentos devemos redobrar nossos joelhos no chão, buscar leituras bíblicas e de enriquecimento da fé, e muito mais ainda buscar os sacramentos, aproveitando para oferecer ao nosso amado a desolação que se experimenta na aridez, como dizia o salmista "...o meu espírito desfalece em mim" (Salmo 142, 4) e esperar que Ele em sua divina misericórdia faça acontecer a Sua Vontade em nossas vidas.

Neste momento em especial, lembro-me do nosso fundador, João Júnior, que uma vez nos disse: "quando não somos firmes na oração, seremos embalados pelo demônio; que nos quer preguiçosos nas coisas de Deus"; por isso jamais devemos desanimar. 

Ajoelhemos e supliquemos a quem nos fortalece, lembrando-o de que somos fracos, e sem a graça divina, nós criaturas pequenas nada podemos fazer.

Se você quer mais orientação sobre este assunto, fortalecer sua oração e ter um direcionamento baseado na segura fé católica, venha conversar conosco. Estamos sempre a seu dispor. Rua General Carneiro, 378 - Centro. Telefone:(38) 3221-2793.


Cristiane Queiroz Duarte
membro da CST


domingo, 26 de agosto de 2012

Fátima celebra título de Basílica à Igreja da Santíssima Trindade


Da Redação, com Santuário de Fátima


Site do Santuário
Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, Portugal
Neste domingo, 26, o Santuário de Fátima, em Portugal, irá celebrar uma Missa solene de ação de graças pela atribuição do título de Basílica à igreja da Santíssima Trindade. A celebração oficial acontecerá na nova basílica às 15h (hora local).

Presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, Dom António Marto, a celebração solene em ação de graças será ocasião para os fiéis manifestarem sua satisfação pela atribuição do título à Igreja da Santíssima Trindade, recebido com o decreto do dia 19 de junho deste ano.

decreto de concessão do título, assinado pelo Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares Llovera, será lido durante a celebração.

Sobre o Santuário

A intenção de construir uma nova igreja surgiu em 1973, quando o Santuário de Fátima constatou a falta de um espaço para acolher os peregrinos das assembleias dominicais e de outros dias de média afluência. A ideia esteve em maturação durante cerca de duas décadas, até que, em 1998, foi elaborado um programa para a construção.

O projeto de arquitetura é do arquiteto grego Alexandre Tombasis.  A obra foi iniciada em fevereiro de 2004.

A dedicação da Igreja da Santíssima Trindade aconteceu no dia 12 de outubro de 2007, em celebração presidida pelo Cardeal Tarcisio Bertone.

Várias razões contribuíram para que o templo fosse dedicado à Santíssima Trindade: as aparições do Anjo da Paz, com o seu insistente convite à adoração a Deus, Santíssima Trindade; as palavras do Papa João Paulo II que, na sua primeira visita a Fátima, elevou a sua ação de graças à Santíssima Trindade e o Jubileu do Ano 2000, também dedicado à Santíssima Trindade. A bênção da Primeira Pedra, oferecida pelo Papa João Paulo II, teve lugar a 6 de junho de 2004, dia da Santíssima Trindade.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SEM DEUS, O MUNDO SÓ PODE PIORAR" - PAPA BENTO XVI


Castel Gandolfo (RV) - Como já é tradição no dia 15 de agosto, Bento XVI deixou esta manhã a residência de Castel Gandolfo, onde descansa no verão – e foi à Paróquia de Santo Tomás de Vilanova, para presidir a missa da celebração da Assunção da Beata Virgem Maria.

O Papa foi acolhido com entusiasmo por um grupo de cidadãos e turistas da pequena cidade. Participaram da missa seu irmão Mons. Georg Ratzinger, o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, os Cardeais Giuseppe Bertello e Domenico Calcagno, Prefeito e Regente da Casa Pontifícia, Dom James Harvey, Padre Leonardo Sapienza, o bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro, e o pároco de Castel Gandolfo, Pe. Pietro Diletti.

O Papa iniciou a homilia explicando o significado do dogma proclamado em 1950 por Pio XII: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”. O dogma se tornou um “ato de louvor e exaltação”, o ato de proclamação da Assunta foi visto como uma “liturgia da fé”.

Citando o Magnificat, Bento XVI afirmou que o louvor a Virgem, Mãe de Deus, é da Igreja de todos os tempos e todos os lugares. “É um dever e um compromisso da comunidade cristã de todas as gerações”.

“Por que Maria é glorificada com a assunção ao céu?” – perguntou o Pontífice, respondendo que Ela viveu fielmente e guardou no seu íntimo as palavras de Deus a seu povo e as promessas feitas aos apóstolos. No Magnificat, a Palavra de Deus era a Palavra de Maria, luz de seu caminho.

Na leitura de hoje, do livro de Samuel, o evangelista faz um paralelo: Maria, que tem em seu ventre Jesus, é a Arca Santa que traz em si a presença daquele que é fonte de consolação, de alegria plena: “Maria é a ‘visita’ de Deus que traz alegria”. Também Lucas o diz explicitamente: “Bendito seja o Senhor, porque visitou e redimiu seu povo” - lembrou Bento XVI, falando aos paroquianos.

Improvisando, o Papa disse que por ser unida a Deus, “Maria está muito perto de cada um de nós; seu coração é grande, Ela pode ouvir e nos ajudar. Esta presença de Deus em nós é importante para iluminar as tristezas e os problemas do mundo”. 

Bento XVI exortou os fiéis a abrirem o seu ser a Deus, para que “Ele possa entrar em nós e ser a força que dá a vida”. “Hoje – acrescentou – muitos esperam um mundo melhor, mas não se sabe quando este mundo melhor vai chegar. O certo é que um mundo que se afasta de Deus só pode piorar”. 

Terminando a homilia, o Papa disse que é preciso confiar na materna intercessão de Maria, para que o Senhor reforce a fé na vida eterna e nos ajude a viver bem o tempo que Deus nos oferece com esperança.
 
Em entrevista concedida à RV, Mons. Aparecido Gonçalves de Almeida, vice-secretário do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, fala sobre a festividade e a sua dimensão no Brasil.