segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CONHECE-TE A TI MESMO

Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar os conceitos de céu e inferno. Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:
- Não passas de um bruto... não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
- Eu poderia te matar por tua impertinência.
- Isso - respondeu calmamente o monge - é o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.
- E isso - disse o monge - é o céu.
A súbita consciência do samurai sobre seu estado de agitação ilustra a crucial diferença entre alguém ser possuído por um sentimento e tomar consciência de que está sendo arrebatado por ele. A recomendação de Sócrates - "Conhece-te a ti mesmo" - é a pedra de toque da inteligência emocional: a consciência de nossos sentimentos no momento exato em que eles ocorrem.

A autoconsciência não é uma atenção que se deixa levar pelas emoções, reagindo com exagero e amplificando a percepção. Ao contrário, é um modo neutro, que mantém a auto-reflexividade mesmo em meio a emoções turbulentas. William Styron parece descrever algo semelhante a essa faculdade da mente, ao escrever sobre sua profunda depressão, quando fala da sensação de "estar sendo acompanhado por um segundo eu - um observador fantasmagórico que, não partilhando da demência de seu duplo, pode ficar observando com desapaixonada curiosidade enquanto o companheiro se debate."

No ponto ótimo, a auto-observação permite exatamente essa consciência equânime de sentimentos arrebatados ou turbulentos. No mínimo, manifesta-se simplesmente como um ligeiro recuo da experiência, um fluxo paralelo de consciência que é "meta": pairando acima ou ao lado da corrente principal, mais consciente do que se passa do que imersa e perdida nele. É a diferença entre, por exemplo, sentir uma fúria assassina contra alguém e ter o pensamento auto-reflexivo: "O que estou sentindo é raiva", mesmo quando se está furioso. Essa consciência das emoções é a aptidão emocional fundamental sobre a qual se fundam outras, como o autocontrole emocional.

Autoconsciência, em suma, significa estar "consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito", nas palavras de John Mayer que com Peter Salovey, co-formuladores da teoria da inteligência emocional. 

domingo, 29 de janeiro de 2012

OS PERIGOS DE UMA LEITURA SUPERFICIAL

As etapas para o entendimento bíblico

“Concedei a vosso servo esta graça: que eu viva guardando vossas palavras” (Salmo 118,17).  Segundo o documento da Comissão Pontifícia Bíblica: A interpretação da Bíblia na Igreja ainda que os estudiosos bíblicos tenham a função de interpretar as Sagradas Escrituras, esse trabalho não compete somente a eles, pois a leitura e a vivência dos textos bíblicos vão além das análises acadêmicas, já que os Livros Sagrados não são apenas um conjunto de livros históricos, mas, a Palavra de Deus. 

E essa Palavra se torna atual e responde aos questionamentos e angústias do homem pós-contemporâneo. Por isso, a leitura e o estudo bíblico devem ser feitos por todos, uma vez que proporcionam uma experiência de fé prática e atual. Mas também é preciso tomar certos cuidados e ter critérios na leitura e na interpretação desses textos, para que não haja o risco de uma interpretação desvinculada e sem compromisso com a Tradição e com o Magistério da Igreja, pois ambos garantem um entendimento seguro das Sagradas Escrituras ao longo da história de fé do Povo de Deus. 

Para isso, torna-se necessário tratar de algumas questões ligadas à exegese e à hermenêutica bíblicas. Mas não é preciso espanto, pois essas palavras [exegese e hermenêutica] estão mais presentes na prática bíblica do que se possa imaginar. E também não se trata aqui de um estudo científico, pois o uso dessa linguagem é para mostrar as etapas necessárias para um correto entendimento da Bíblia. 

Comecemos, então, pela definição desses termos: “Exegese” é uma palavra que vem do grego e significa “explicação ou explanação”. É a arte de expor, de trazer para fora o sentido de um determinado texto. É um conjunto de técnicas e ferramentas utilizadas para entender e descobrir o significado de um texto. “Hermenêutica” já diz respeito à interpretação do que está escrito. É a apropriação que se faz do entendimento do texto para aplicá-lo no dia a dia. 

Mas existe no meio do caminho entre a exegese e a hermenêutica um filtro. E que filtro é esse? A Doutrina da Igreja apresentada através do Catecismo da Igreja Católica. Esse procedimento de filtrar o estudo bíblico serve basicamente para duas coisas: não permitir os exageros e também para ampliar a interpretação quando esta é muito limitada. E, em geral, ele amplia muito mais do que reduz as interpretações, uma vez que são apresentadas outras possibilidades de entendimento do texto que talvez não tenham sido contempladas no estudo. 

É como o antigo filtro de barro muito usado, especialmente, nas cidades pequenas e nas zonas rurais. Esse utensílio doméstico não é feito para reter a água, mas para purificá-la. Do mesmo modo, o “filtro” da Doutrina da Igreja não retém a nossa leitura bíblica, mas a deixa livre de impurezas que porventura possam ter surgido durante o momento de estudo [da Palavra de Deus]. Além disso, o filtro de barro possui a capacidade de deixar a água sempre fresca e pronta para ser consumida. Igualmente faz o “filtro” da Doutrina atualizando para nossos dias aquilo que lemos e interpretamos nas Sagradas Escrituras e deixando a mensagem bíblica pronta para saborearmos e utilizarmos no cotidiano. 

Que se sigam essas três etapas para o entendimento bíblico: estudar com atenção, trazendo à tona o máximo de informações possíveis para um conhecimento mais aprofundado do texto bíblico – passar esse conteúdo pelo “filtro” da Doutrina a fim de purificar e atualizar o conteúdo – e aplicar a Palavra de Deus na própria vida. 

Ler superficialmente o texto das Sagradas Escrituras, sem um mínimo de contextualização e sem consultar a Igreja, nos faz correr o risco de uma aplicação equivocada dele, podendo causar danos a nós mesmos e àqueles a quem o transmitimos. Daí a importância desses três momentos: estudo mais cuidadoso (exegese) – filtro da Doutrina (Catecismo) – interpretação e aplicação no dia a dia (hermenêutica). 


Denis Duarte
Doutor em Bíblia – Comunidade Canção Nova

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ONDE MORA O MESTRE


Publicado em 12/01/2012 por Dom José Alberto Moura no http://www.arquimoc.org.br


O chamado de Samuel representou a missão que Deus tinha para ele. Sua presteza em responder sim fez dele uma pessoa disponível para executar a vontade do Senhor (Cf. 1 Samuel 3, 3-19). Foi uma experiência inédita e de grande ensinamento para todos os que estão atentos a executar a vontade de Deus. Uns parecem não ter muita boa vontade para realizar o projeto de Deus na vida. Dizem-se crentes, mas sua fé não os leva a obedecer às instruções do Criador. Outros, ainda que se manifestem com boa vontade, não se comprometem com o bem da comunidade. Sua manifestação de fé é desligada da missão e da promoção de solidariedade em relação à comunidade religiosa.
Hoje vivemos num pluralismo tal que muitos se decepcionam com o modo de pessoas batizadas viverem sua religião. Preferem dizer-se cristãos, mas sem participar de alguma comunidade religiosa. Não seria isso motivado por falta de um testemunho de vida ética, coerente com sua crença? Às vezes falta a experiência pessoal do encontro profundo com Cristo!
João Batista assumiu bem sua missão de preparar as pessoas para seguirem a Cristo: “Eis o Cordeiro de Deus!” (João 1, 36). Ele não foi líder religioso a ponto de fundar uma religião para ter adeptos seguidores de si mesmo. A liderança religiosa por algum tipo de interesse pessoal trai a missão de ajudar as pessoas a seguirem a Deus conforme o Filho. Não as estimula a participarem da Igreja ou de sua comunidade para servir a humanidade com o conteúdo vitalizador de sua convivência na fraternidade e ser luz para os outros seguirem a Cristo.
Os discípulos de João foram ver onde morava Jesus: “Rabi (o que quer dizer: Mestre), onde moras?” (João 1, 38). O próprio Jesus o mostrou. Os discípulos André e Simão seguiram o Mestre! E o fizeram durante toda a vida de Jesus na terra. Foram além. Deram a vida pelo Filho de Deus, espalhando para todos a natureza de sua pessoa e de seus ensinamentos.
O Mestre mora não simplesmente num templo de alvenaria. Quem O deixa morar no templo de sua pessoa se torna pessoa de ideal, de compromisso com o bem da família, com a promoção da vida e da dignidade humana, abraçando causas de interesse de toda a sociedade, como a política de real serviço à  sociedade.
Jesus mora onde há abertura ao amor, à ternura, à justiça, ao serviço, aos desvalidos, aos não considerados na inclusão humana e social. Ele sempre esteve ao lado dos mais fragilizados e continua  estar, através de quem o imita, e segue seu caminho: “Quem adere ao Senhor torna-se com ele um só espírito” (1 Coríntios 12)! Mais: ajuda os outros a fazerem o mesmo. Isto se deu com João Batista. Todos somos chamados a imitar este profeta de tamanha grandeza!
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Dom José Alberto Moura

Dom José Alberto Moura

É arcebispo metropolitano de Montes Claros. É presidente do Regional Leste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o quadriênio 2011-2015. Foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Diálogo Ecumênico e Interreligioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de maio de 2007 a maio de 2011. Nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 23 de outubro de 1943. Pertence à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (CSS). Foi nomeado arcebispo metropolitano de MOC em 07 de fevereiro de 2007, tomando posse nesta Igreja particular em Missa Solene no dia 14 de abril do mesmo ano. Foi ordenado sacerdote estigmatino em 09 de janeiro de 1971.

SÃO PAULO - O GRANDE AMIGO DE DEUS

São Paulo exerceu mais influência no mundo ocidental e na cristandade do que a maioria de nós conhecemos, pois o judeu-cristianismo, que ele diligentemente espalhou pelo mundo, é o alicerce da jurisprudência, moral e filosofia modernas do Ocidente, e que, graças a seu vigor espiritual e mental, esforço e justiça, praticamente nos últimos 2.000 anos criou na verdade uma sociedade e fomentou a causa da liberdade. Como todos sabemos, foi Moisés quem bradou:"Proclamai a liberdade por todo o país, aos habitantes dali!" Foi a primeira na história humana que tal proclamação foi pronunciada e Paulo proclamou-a de novo e veementemente. A liberdade da mente, da alma e do corpo, um novo conceito entre os homens. Não é de admirar, pois, que os inimigos da liberdade ataquem primeiro a religião, que liberou a humanidade.

Pode alegrar a muitos - e deprimir outros - dar-se conta de que o homem nunca muda realmente e que os problemas do mundo de Paulo são os mesmíssimos com que defrontamos hoje. Alegrar por ter o homem um meio destemido de sobreviver a seus governos e seus tiranos, sobrepujando-os, e deprimir pelo fato dele nunca aprender através da própria experiência. Como disse Aristóteles muito antes de Cristo, um povo que não aprende com a história está fadado a repeti-la. É óbvio que a estamos repetindo hoje em dia.

Prefácio do livro "O grande amigo de Deus", Taylor Caldwell

"Estando ele em viagem e aproximando-se de Damasco, subitamente uma luz vinda do céu o envolveu de claridade. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:"Saul, Saul, por que me persegues?" Ele perguntou: "Quem és, Senhor?" e a resposta: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Mas levanta-te, entra na cidade, e te dirão o que deves fazer". Os homens que com ele viajavam detiveram-se, emudecidos de espanto, ouvindo a voz mas não vendo ninguém. Saulo ergueu-se do chão. Mas embora tivesse olhos abertos, não via nada. Conduzindo-o, então, pela mão, fizeram-no entrar em Damasco. Esteve três dias sem ver, e nada comeu nem bebeu." (Atos 9, 1-9)

Esta passagem  mostra o início da conversão de São Paulo tão esclarecedora para compreendermos a dedicação e veemência deste apóstolo que a muitos levou o evangelho. O próprio Cristo, que já havia morrido e ressuscitado, apresenta-se e alcança o coração do antigo perseguidor. Percebamos como São Paulo nada questionou ao saber que o Senhor é quem o chamava e como caía e se transformava por terra ali todas as verdades  que este trazia do judaísmo. Assim Saulo se transforma em Paulo ao terceiro dia, ficando em jejum neste período.

Mais importante ainda são os versículos seguintes em que Cristo diz a importância de Paulo a Ananias "este homem é para mim um instrumento de escol para levar o meu nome diante das nações pagãs, dos reis e dos israelitas." O quanto este apóstolo era amado, portanto seria provado na dor e sofrimento, o amor a Cristo "Eu mesmo lhe mostrarei quanto lhe é preciso sofrer em favor do meu nome."

E Paulo aceitou em sua incansável missão anunciar o Evangelho, não desistindo mesmo diante de tantas adversidades, conforme ele mesmo nos relata em 2Cor 11; 23-27 : "São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais, em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez."

Lutou contra os falsos missionários que anunciavam um Evangelho fácil, que fugiam da humilhação e da tribulação. Anunciavam um Jesus sem a cruz. Paulo anunciava o Jesus Crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. No entanto a cruz não era o fim. O mesmo Jesus da cruz é também o Jesus Ressuscitado.

Então, vale a pena no dia de hoje reler a história deste apóstolo destemido e nos inspirarmos em suas palavras e ações, solicitando ao Espírito Santo o mesmo discernimento, temor e amor a Deus.

sábado, 21 de janeiro de 2012

ÚLTIMO DIA DO CURSO "Inteligência emocional"

O último dia do curso sobre a "Inteligência Emocional" foi especialmente esclarecedor quanto a maneira como encaramos nossos sentimentos, muitas vezes um reflexo repetitivo do que vivenciamos, mas não resolvemos satisfatoriamente na primeira fase de nossas vidas: a infância.

Dr. Daniel Lallana serviu-se de dinâmicas eficientes para fazer-nos compreender os conceitos apresentados, trazendo muita descontração e interesse ao grupo participante.

Pudemos entender que existe um padrão detectável em nossas ações, bastando apenas uma observação mais atenta para saber se são saudáveis (adaptativas) ou não-saudáveis (desadaptativas). No caso de serem não-saudáveis provocam  muito mal-estar, com sensações variadas; tais como: 

                                              - sensação de sequestro, de estar preso a uma situação;
                                              - nos desorganizam, nos fazem estar a mercê da sensação;
                                              - são repetitivos, rígidos e desorganizadores, desproporcionados ao momento.
                                              - respondem exageradamente ao que acontece, desde o que passou.
                                              - geram sentimentos de mal-estar.

As emoções sadias são conhecidas como adaptativas porque auxiliam a uma resposta imediata do presente, sem resquícios de acontecimentos passados, dando uma mensagem de bem-estar ao ser. Exemplo: Uma pessoa sofre uma batida no trânsito, fica chateada, com raiva, porém; consegue conversar e buscar meios de ser justiçada ou ressarcida de algum prejuízo, sem nenhum transtorno, depois do acontecido, segue sua vida normal.

Já as emoções não-sadias dificultam a adaptação; refletindo um sentimento de mal-estar crônico, responde a experiências atuais como se fossem experiências já passadas e não resolvidas, é muito central, mas não é saudável. Exemplo: Uma pessoa se desentende com outra, ficando fora de si, respondendo de maneira exagerada (agressiva) a situação, como se isto a remetesse a um mal entendido já vivenciado.

Foi interessante perceber que emoções como raiva, medo, aborrecimento, embora pareçam negativas, não o são, se bem administradas; porque elas nos alertam que devemos mudar nossa maneira de encarar ou de agir sobre uma situação incômoda. Por isso a importância de diferenciar as emoções primárias e secundárias; uma é a verdadeira causa e a outra é a camuflação da primeira, como uma medida protetiva ou manipulativa ao verdadeiro sentimento. Exemplo: Uma pessoa está bastante aborrecida e desconta sua frustração na comida, na bebida, etc. Qual foi a verdadeira necessidade? Afeto. Qual foi a maneira de camuflar o vazio do afeto? Comer ou beber para satisfazer o vazio.

Portanto, percebemos que temos que silenciar nossa mente, observar os sinais corpóreos e buscar mudar a forma que encaramos os obstáculos, os problemas, as ansiedades, para que tenhamos uma vida de qualidade e com bem-estar.

Você tem dificuldade em manter-se com sentimentos equilibrados? Que tal conhecer o Heneagrama e o curso sobre a "Inteligência Emocional"? Aqui em Montes Claros, estes programas são desenvolvidos pelas carmelitas seculares.





sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PRIMEIRO DIA DO CURSO "Inteligência Emocional"


No dia 20/01, tivemos uma excelente oportunidade de aprender sobre a "Inteligência Emocional", curso ministrado pelo psicólogo Dr. Eduardo Lallana, da Espanha. Com uma abordagem dinâmica e bastante interessante, ele nos levou a refletir sobre nossas emoções e de como elas influenciam em nosso equilíbrio emocional, o que refletirá sobre a vida familiar e social.

Segundo Daniel Goleman, "inteligência emocional" é a capacidade que temos de reconhecer os nossos próprios sentimentos, os sentimentos dos outros e o desenvolvimento de uma motivação para saber lidar com as nossas relações de forma adequada. 

Dentre os diversos pontos abordados, tivemos

  • A relação entre emoções e felicidade.
  • Componentes da Inteligência Emocional.
  • Análise do esquema de características de uma pessoa emocionalmente inteligente.
  • A função das emoções.

Aproveito para agradecer a organização das Carmelitas Seculares, responsável por este curso.

Da Comunidade estavam presentes Lúcia, Cristiane, Helder, Elisângela e Cleonilda.

Dia 21 terá mais.... obrigada Senhor por esta oportunidade.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Precisamos terminar a reforma

Estamos em vias de conclusão de nosso centro de evangelização, porém temos ainda que quitar o pagamento do piso e dos banheiros. Por isso, ajude-nos com a quantia e forma que você puder. Entre em contato conosco pelo 3221-2793. 

A partir do dia 19 de janeiro, retornamos com o grupo de oração na sede da comunidade, às 19:00 horas. Visite-nos!! Venha louvar a Deus conosco.

A seguir foto do local.





terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PROGRAMA DE CURA INTERIOR - 1º SEMESTRE

Início da cura interior, onde buscamos a conversão do nosso espírito que é vivificado pelo Espírito Santo e é curado da culpa do pecado... Este é o maior milagre de Deus! Estar livre para ter comunhão com Deus, livres das feridas, lembranças, traumas do tempo que vivíamos na vida de pecado... Venha fazer conosco esse caminho de cura, de que todos nós necessitamos!


O Programa de Cura terá inicio com o retiro nos dias 11 e 12 de fevereiro de 2012.

Depois os encontros serão por turmas, um dia da semana durante uma hora até junho de 2012.


Contato: Rua General Carneiro, 378 - Centro / Montes Claros-MG
(38) 3221-2793

CARTA APOSTÓLICA "PORTA FIDEI"


  Com a qual o Papa convoca o Ano da Fé

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 17 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos, a seguir, a carta apostólica publicada hoje em forma de Motu próprio, intitulada “Porta fidei”, do Papa Bento XVI, com a qual convoca o Ano da Fé.
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CARTA APOSTÓLICA SOB FORMA DE MOTU PROPRIO
PORTA FIDEI
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ

1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.
2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»[1]. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.[2]Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Campanha do metro quadrado na Comunidade Santíssima Trindade

Estamos melhorando o espaço de Evangelização de nossa comunidade para melhor atendê-lo, por isso precisamos muito de sua ajuda para que consigamos terminar esta abençoada obra.

Neste local, acontecem retiros, curas interiores, atendimento individual, terços e grupos de orações.

O metro quadrado está no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais); mas aceitamos também outros valores, porque o que importa é a sua ajuda. Para maiores informações entre em contato conosco no (38) 3221-2793.

Veja as fotos de nossas instalações.



Oração de São Pio cantada por Celina Borges

CARTA A COMUNIDADE


No  sábado, antes da Epifania do Senhor,  a Sabedoria na liturgia da Igreja nos apresenta João 2,1-11, a passagem ou melhor o início da vida pública de Jesus ( o casamento em  Canã ou bodas em Canã), podemos ainda dizer a primeira  manifestação daquele que André testemunhou a seu irmão Pedro dizendo:  “encontramos o Messias”  (Jo  1, 41).
Jesus começa o seu ministério em Canã da Galiléia  ainda muito próximo a Nazaré. Hoje esta viagem de Nazaré para Caná não deve passar de vinte minutos de carro.  O Senhor quer começar sua vida pública muito próximo dos seus, tanto é verdade que ele e sua Mãe são convidados para esta festa de casamento, uma festa familiar.
É uma manifestação não a todo o povo, mas uma manifestação aos seus mais próximos. É nesta festa que encontramos  também João, André, Tiago e Pedro ¾ os primeiros discípulos. 
A providência Divina escolheu em seus desígnios uma festa de casamento para o primeiro anúncio de que Deus está presente e atuante no seio de uma vida conjugal, de uma família e dos discípulos. 
O Senhor escolhe esta como a primeira manifestação de Sua divindade, propositadamente para nos dar forças em nossa jornada. No início de uma nova vida humana sempre Deus quer estar presente, no inicio de um Matrimônio Deus quer estar presente, na vida de seus discípulos Deus quer estar presente e atuante.
Então hoje encontramos Jesus e Maria numa festa, a festa de nossas vidas.  Toda a vida humana em Deus deve ser assim uma festa de amor e perdão, uma festa de alegria e coragem para começar de novo.  Vemos Maria, a Santíssima Mãe, tomando a frente nesta festa e nos parece quando lemos este trecho bíblico que a festa já estava chegando ao seu final, assim sempre em nosso coração vamos ter dúvidas e achar que já perdemos tempo de mais (Será que dá tempo de  mudar na nossa  vida, aquilo que precisa ser mudado? Será que vou será feliz?...)
A Virgem Maria é esta que está dizendo:  “Fazei tudo o que ele vos disser” (Jo 2, 5), é ela  que nos indica o caminho, que nos encoraja. Se estamos passando por um momento na vida de dificuldades invoquemos a Senhora e Rainha que ela nos consolará.
Mas depois de Maria dizer fazei tudo o que ele vos disser ,  Jesus transforma então sete talhas de água para purificação em vinho e o chefe dos serventes experimentando daquele vinho disse ao noivo: É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora. ( João 2,10).
É costume achar também que já fizemos de tudo, e nada ou pouca coisa deu certo, sempre também corremos o risco  de  nos acomodar com uma situação que não é da vontade de Deus, lembre-se de que Deus te ama e quer a sua realização. Por isso Jesus depois de dias numa festa transforma a água em vinho,  ele nos traz o vinho novo, um novo anúncio a nossa vida.
Pela fé precisamos enxergar neste noivo o Senhor Jesus que quer  se unir a cada um de nós, que quer nos dar as alegrias do Reino Celeste, talvez no entardecer de nossas vidas, ou hoje que sentimos tanta falta de seu amor e presença, lembre-se o Senhor esta aí querendo fazer a festa com o vinho bom, ele o guardou até agora para você, Jesus quer  te surpreender, acolha-o como a pessoa mais íntima sua, como Aquele que te ama e te conhece. De muitas formas Jesus tem sido para nós um dom ou tem nos dado, ofertado do seu dom: Se conhecesses o dom de Deus, e quem é que te diz: Dá-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva ( Jo 4.10).  Neste dia em que o Senhor Jesus se manifesta a todos nós e em particular a cada um de nós que somos seus discípulos o que você poderia ofertar a ele? De que maneira você poderia ser um dom para o Senhor Jesus?
Deus te abençoe e te guarde que ele revele a você sua face amorosa e te cubra com bênçãos por todos teus caminhos.

João Gonçalves Pereira Júnior
 Fundador da Comunidade Santíssima trindade
Por ocasião da Epifania do Senhor 07/01/2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Documento de Aparecida e o papel das novas comunidades


O CAMINHO DE FORMAÇÃO DOS DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS

6.1 – Uma espiritualidade trinitária do encontro com Jesus Cristo

240. Uma autêntica proposta de encontro com Jesus Cristo deve estabelecer-se sobre o sólido fundamento da Trindade-amor. A experiência de um Deus uno e trino, que é unidade e comunhão inseparável, permite-nos superar o egoísmo para nos encontrarmos plenamente no serviço para com o outro. A experiência batismal é o ponto de início de toda espiritualidade cristã que se funda na Trindade.
241. É Deus Pai quem nos atrai por meio da entrega eucarística de seu Filho (cf. Jo 6,44), dom de amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que, renovados pela força do Espírito, possamos chamá-lo de Pai: “Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu próprio Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da lei, para nos libertar do domínio da lei e fazer com que recebêssemos a condição de filhos adotivos de Deus. E porque já somos filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho a nossos corações, e o Espírito clama: Abbá! Pai” (Gl 4, 4-5). Trata-se de uma nova criação, onde o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo renova a vida das criaturas.

[...]
6.4.4 – Os movimentos eclesiais e novas comunidades

311. Os novos movimentos e comunidades são um dom do Espírito Santo para a Igreja. Neles, os fiéis encontram a possibilidade de se formar na fé cristã, crescer e se comprometer apostolicamente até ser verdadeiros discípulos missionários. Assim exercitam o direito natural e batismal de livre associação, como o indicou o Concílio vaticano II177 e confirma o Código de Direito Canônico. Seria conveniente incentivar a alguns movimentos e associações que mostram hoje certo cansaço ou fraqueza e convida-los a renovar seu carisma original, que não deixa de enriquecer a diversidade com que o Espírito se manifesta e atua no povo cristão.
312. Os movimentos e novas comunidades constituem uma valiosa contribuição na realização da Igreja local. Por sua própria natureza expressam a dimensão carismática da Igreja: “na Igreja não há contraste ou contraposição entre a dimensão institucional e a dimensão carismática, da qual os movimentos são uma expressão significativa, porque ambos são igualmente essenciais para a constituição divina do Povo de Deus”178. Na vida e na ação evangelizadora da Igreja, constatamos que no mundo moderno devemos responder a novas situações e necessidades da vida cristã. Neste contexto também os movimentos e novas comunidades são uma oportunidade para que muitas pessoas afastadas possam ter uma experiência de encontro vital com Jesus Cristo e assim recuperar sua identidade batismal e sua ativa participação na vida da Igreja179. Neles “podemos ver a multiforme presença e ação santificadora do Espírito”180.
313. Para aproveitar melhor os carismas e serviços dos movimentos eclesiais no campo da formação dos leigos desejamos respeitar seus carismas e sua originalidade, procurando que se integrem mais plenamente na estrutura originária que acontece na diocese. Ao mesmo tempo, é necessário que a comunidade diocesana acolha a riqueza espiritual e apostólica dos movimentos. É verdade que os movimentos devem manter sua especificidade, mas dentro de uma profunda unidade com a Igreja local, não só de fé mas de ação. Quanto mais se multiplicar a riqueza dos carismas, mais os bispos serão chamados a exercer o discernimento espiritual para favorecer a necessária integração dos movimentos na vida diocesana, apreciando a riqueza de sua experiência comunitária, formativa e missionária. Convêm dar especial acolhida e valorização àqueles movimentos eclesiais que já passaram pelo reconhecimento e discernimento da Santa Sé, considerados como dons e bens para a Igreja universal.

Tony Allisson - Filho de Davi

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tony Allison - Poderoso Deus

A TRINDADE

O mistério não é uma verdade acerca da qual não possamos saber nada, mas antes uma verdade acerca da qual não podemos saber tudo. O mistério da Santíssima Trindade ensina-nos que em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; mas que as três têm uma mesma natureza divina, e em consequência são um só Deus. Este mistério é um dogma de fé definido.

Nos tempos do Antigo Testamento, os judeus estavam rodeados de nações idólatras, e mais de uma vez chegaram a trocar o culto ao Deus único, que os havia constituído como Povo Eleito, pelo culto aos muitos deuses dos seus vizinhos. Em consequência, Deus, por meio dos seus profetas, inculcava-lhes insistentemente a ideia da unidade divina. Não quis, pois complicar as coisas revelando ao homem pré-cristão que existem três Pessoas em Deus. Havia de ser Jesus Cristo quem nos comunicaria este vislumbre maravilhoso da natureza íntima da divindade. Porém, no Antigo Testamento, Deus algumas vezes fala como se fosse um sujeito plural: Gn 1, 26; Gn 3, 22; Gn 11, 7; Is 6, 8; Pr 8, 22-31; Eclo 24, 1-9; Sb 7, 22-29s, Sl 44,7; e observar especialmente Gn 18, 1-15 (Ícone da Santíssima Trindade de Rublev).

O Novo Testamento traz algumas passagens, nas quais a tradição da Igreja viu a presença da Santíssima Trindade: Batismo de Jesus (Lc 3, 21-22), Transfiguração (Mt 17, 1-9); Mt 3, 16; Mt 28, 19; Jo 14, 16.26; Jo 16, 13-15; At 2, 32; 7, 55; At 10, 37s; 1Jo 5,7; 1Pdr 1,1s; 2Cor 13, 13; Gal 4, 4-6; Ef 4, 4-6, Ef 2, 8; Ef 1, 3-14, Hb 1, 9b (explana e louva o papel das três pessoas da Santíssima Trindade).

Nos primeiros séculos da igreja, os Padres da Igreja já aprofundavam nesse mistério. Atenágoras (séc. II) diz: "Como não se admiraria alguém de ouvir chamar ateus os que admitem um Deus Pai, um Deus Filho e o Espírito Santo, ensinando que o seu poder é o único e que sua distinção é apenas distinção de ordens?" 

São Teófilo de Antioquia (séc. II) é o primeiro autor em cujos escritos se encontra a palavra triás (tríade ou trindade): "Os três dias que precedem o aparecimento do luzeiro, são tipo da Trindade: de Deus, de seu Verbo e de sua sabedoria". É interessante observar que o fato de Teófito não dar maiores explicações sobre a Trindade sugere que essa expressão já era comum  na igreja. O desenvolvimento do dogma teve marca importante nas heresias do século III e IV que culminou na definição do Dogma nos concílios de Nicéia (325) e Constantinopla (381).